O projétil tinha sido atirado do revolver, o tempo já estava correndo... Talvez tudo estivesse em seu devido lugar, menos eu. Parado no meio da rua, vi ela, a bala, a assassina de metal, ela veio até mim precisamente, tão rápida quanto um trovão ligando o céu nebuloso à terra. Acho que ela esqueceu-se de uma apresentação cortes, não devia ter modo, chegou até o meu peito e rasgou minha blusa num simples buraco arredondado... Perfurou meu coração. Por um segundo conseguir ver minha assassina, por um segundo, conseguir ver a rua, o dia, o sol... Permiti um ultimo sorriso e logo me abracei ao metal em meu coração, a bala perfurou meu peito e a cidade, que parecia ter parado comigo, continuou com o seu caos diário.
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Até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára (a vida é tão rara)
ResponderExcluirPor mais que queiramos que tudo pare por nossa causa a vida continua pra todo mundo.
Beijo, amor.